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  • QUAL DEMOCRACIA?

    Democracia é poder do povo, um regime que deve reinar a soberania popular. O que é sinônimo de incusão e participação. No caso da democracia liberal, escolhemos uma minoria que representará vários interesses sociais, que devem se adequar, racionalmente, com seu aperfeiçoamento e não com a sua destruição. É preciso admitir que a democracia liberal é o regime político mais frágil inventado até hoje, pois para que ela se mantenha de pé é preciso muito, mais muito esforço mútuo de representantes e representados, uma adoração e respeito, digamos assim, quase religiosa, ao Deus chamado Estado de Direito, materializado pela Constituição republicana. Confiar a democracia somente às elites políticas ou às instituições não é suficiente para o aperfeiçoamento do regime. Primeiro, porque as elites podem se autorrepresentar, desvirtuando de seu papel de funcionários do povo. Às elites, inclusive, é mais prudente chamá-las de oligarquias que são escolhidas pelo voto. Segundo, porque as instituições só podem funcionar se, e somente se, as pessoas que as operam sejam verdadeiros guardiões, comprometidos com a democracia. Caso contrário, o que há é uma corrosão gradual. Terceiro, a colonização da economia sobre a política também desvirtua qualquer horizonte de soberania popular, afinal de contas o interesse do capital para impor sua agenda ao Estado é significativa, considerando que a corda mais fraca de um país é a classe trabalhadora, por razões óbvias, e que muitos políticos eleitos fazem parte da minoria da elite econômica. Qual o cenário que está à nossa frente para pensarmos a democracia no Brasil? Um país em que 33 milhões de pessoas estão passando fome; 11 milhões de pessoas sem saber ler e escrever[1]; metade mais pobre do Brasil possui menos de 1% da riqueza do país; os 50% mais pobres ganham 29 vezes menos do que recebem os 10% mais ricos no Brasil[2]; 41,1 mil de mortes violentas por ano, sendo que a maioria de pobres e negros.[3] E, por fim, um desemprego atingindo cerca de 11,949 milhões de pessoas[4]. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57937692 Esses são alguns dados para mostrar que a preocupação dos eleitores não é com política – funcionamento do sistema político e acompanhamento e papel dos representantes - mas com questões cotidianas, pragmáticas. Afinal de contas: quem vai se interessar por política com fome, desempregado ou com medo de sair de casa? Então, como formar cidadãos autônomos, vigilantes, engajados politicamente, afinados ideologicamente com partidos e movimentos sociais, com esses dados? Como a premissa do homo liberal, do ethos liberal, funciona num país com esses crônicos problemas sociais? E os partidos políticos? Qual o compromisso com os valores democráticos? Por que permitem políticos que trabalham contra a existência da Democracia, vide Bolsonaro e companhia? E as nossas elites políticas, por que permitem que um presidente da república trabalhe todos os dias contra a existência das regras do jogo democrático, a fim de apitá-la como um César? Fica a reflexão. Link da imagem: https://www.brasildefato.com.br/2020/07/14/se-nada-for-feito-voltamos-ao-mapa-da-fome-diz-diretor-da-onu-sobre-brasil Fontes [1] https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-07/taxa-cai-levemente-mas-brasil-ainda-tem-11-milhoes-de-analfabetos [2] https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59557761#:~:text=Os%2050%25%20mais%20pobres%20ganham,10%25%20mais%20ricos%20no%20Brasil. [3] https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2022/02/21/numero-de-assassinatos-cai-7percent-no-brasil-em-2021-e-e-o-menor-da-serie-historica.ghtml [4] https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/04/29/desemprego-fica-em-111percent-no-1o-trimestre-diz-ibge.ghtml

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  • Jacqueline Gama | homepage

    Jacqueline Gama Jacqueline Gama de Jesus nasceu em 3 de abril de 1998 na cidade de Salvador. Mestranda do PPGLitCult- UFBA. Bacharel e Licenciada em Letras Vernáculas pela UFBA. Pesquisou na Iniciação Científica, em 2018/2019; "O som ao redor de Aquarius: reflexões anticoloniais de um Brasil contemporâneo", fomentada pelo CNQP. Em 2019/2020, fomentada pela FAPESB, pesquisou em Iniciação Científica; "O animal cordial e O rei da vela: arte anticolonial brasileira". Ambas pesquisas focaram no estudo da arte decolonial na América Latina, tendo como concentração as análises de imagens fílmicas e teatrais no âmbito decolonial e antropofágico. Em 2019 publicou na coletânea ebook: "Corpo que queima" e também na antologia "Concurso de novos poetas 2019", da editora Vivara. Tem na escrita um meio de comunicação , de crítica, de terapia e de catarse do Eu. Em 2021 defendeu a monografia; "Fui-me embora para Bacurau: viagem para a utopia decolonial de um universo antropofágico". Atualmente cursa o mestrado em Literatura e cultura, desenvolvendo a pesquisa: " Decolonialidade à brasileira: antropofagia em Bacurau." É membra do Núcleo de Estudos da Crítica da Cultura Contemporânea (NECCC) desde 2017. Participou como Júri jovem dos XIV e XV "Panorama Internacional Coisa de Cinema", festival de cinema muito prestigiado na cidade de Salvador. Desde 2020 colabora para a Mormaço editorial (revista literária). É pesquisadora, crítica de cinema e literatura, além de escritora. Áreas de atuação: literatura nacional, cinema brasileiro, construção da nacionalidade brasileira, teatro brasileiro, construção da memória nacional, antropofagia, anticolonial. Instagram:@jacdemais E-mail: jacdemais@gmail.com Lattes: http://lattes.cnpq.br/6818053553993841 Artigos da colunista

  • Marcos Antônio Lima | homepage

    Marcos Antônio Marques Marcos Antônio Marques nasceu em São Raimundo Nonato - Piauí. Além de técnico em informática pelo Instituto Federal do Piauí - IFPI, é sociólogo pela Universidade Federal do Piauí - UFPI e mestrando em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Defendeu a monografia “COLIGAÇÕES ESTADUAIS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES: uma análise das alianças partidárias nas eleições majoritárias para governadores (as) dos estados brasileiros (1998 – 2018)”, e atualmente integra dois grupos de pesquisa: Grupo de pesquisa sobre Partidos Políticos e Democracia (UFPI) e Grupo de pesquisa sobre Brega, Festas Populares & Comunidade (UFPB). Ele é o criador de um projeto paralelo no Instagram, "Cientistas Sociais do Brasil", que reúne profissionais da área para discutir sobre suas diferentes trajetórias. A distância temática de cada projeto reflete a identidade do pesquisador interessado ​​e curioso por diferentes assuntos. Email: marcos.cientistasocial@gmail.com Instagram (profissional): @cientistassociaisdobr Linkedin: www.linkedin.com/in/marcosantoniomarques ​ Artigos do Colunista

  • Felipe Nascimento | homepage

    Felipe Nascimento Curitibano radico em Salvador desde 2022. Jornalista formado pela UFPR, redator, pai e outras coisas mais. Já fiz de tudo um pouco nessa vida, mas minha atuação profissional hoje se resume à escrita para web. São as palavras o meu sustento, minha paixão e minha grande potência. Minha formação cultural passa de Castelo Rá-Tim-Bum à Bhagavad Gita, com pitadas de contra cultura, tropicalismo, palhaçaria e por aí vai. Me interesso por tudo aquilo que amplia minha compreensão sobre mim mesmo e o mundo: literatura, música, teatro, cinema, psicologia, espiritualidade, filosofia, política… Alguma coisa aprendi ao longo desses 30 e tantos anos e espero compartilhar o melhor disso tudo com vocês. ​ Textos do colunis ta

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